Conheça Vinicio Ramalho Pires, aluno da Mauá e estagiário da Embraer – Portugal

Vinicio na Embraer – Portugal, onde é estagiário

Já imaginou iniciar a sua carreira profissional com um estágio no exterior?

Vinicio Ramalho Pires, aluno da 3.ª série de Engenharia de Produção da Mauá, não só imaginou, como participa do programa de estágio na Embraer, fabricante de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares, na Europa!

O BLOG da Mauá entrevistou o nosso aluno, que fez intercâmbio na Inglaterra e atualmente está em Portugal, com retorno previsto ao Brasil para o início de setembro deste ano. Inspire-se! 😉

 

Vinicio e namorada

BLOG da Mauá – Por que escolheu Engenharia e o ramo de Produção?

Vinicio – “Acredito, primeiramente, que essa etapa de escolher o que cursar no Ensino Superior é uma das mais injustas na vida de um jovem, pelo momento em que ela aparece, muitas vezes aos 16 ou 17 anos, quando ele ainda não apresenta maturidade suficiente para decidir o que seguir na vida profissional. Comigo foi assim. Procurei respaldo em disciplinas com as quais eu me identificava, como Física e Matemática para escolher meu curso. Assim, a Engenharia parecia-me clara, ainda mais quando descobri que o ramo da Produção parecia ser mais amplo, aquele que lhe abre mais portas no futuro.

Felizmente posso dizer que escolhi com exatidão. Ao mesmo tempo que essa Engenharia me abriu portas para o ramo financeiro, abriu outras para   a área de produção de fábrica, rumo que sigo por enquanto na minha vida profissional.”

 

BLOG da Mauá – Por que escolheu a Mauá?

Vinicio – “Minha história com a Mauá inicia-se quando, durante o terceiro ano do Ensino Médio, fui visitá-la. Até então eu nunca havia conhecido o campus de nenhuma Universidade e tudo aquilo me encantou. Quando fui aprovado,  ainda tinha dúvidas quanto ao meu ingresso, porém nas primeiras semanas de aula eu já havia me adaptado muito bem: era como se eu me sentisse em casa.

“Não posso deixar de ressaltar a excelência de ensino apresentada pela faculdade, que busca cada vez mais se tornar mais forte no ramo das Engenharias. Assim, aliando a excelência a minha rápida adaptação, não tive dúvidas sobre minha escolha.”

 

BLOG da Mauá – O que o levou a decidir fazer intercâmbio? Por que Inglaterra?

Vinicio e amigos

Vinicio – “A decisão de largar a sua vida no Brasil, seus amigos e sua família por um ano não é a das mais simples, confesso. Porém, justamente por isso,  representou um grande desafio, sempre morei apenas com minha mãe e nunca precisei dividir minhas coisas,  nem conviver com pessoas muito diferentes. Acredito que tudo isso, no meu caso, foi uma das principais bagagens desse intercâmbio.

O fato de eu ter escolhido a Inglaterra tem uma razão muito importante: além do português, eu só falava a língua inglesa;  para me candidatar ao intercâmbio,  era necessário um nível mínimo de conhecimento da língua do país de destino. A cultura local e os ótimos feedbacks que recebi de alunos que foram para lá, além do sonho de conhecer a Europa, também contribuíram para a minha decisão.

Meu intercâmbio teve início em setembro de 2015 e concluirá em agosto de 2016. A Universidade que cursei foi a Loughborough University – Inglaterra.”

 

BLOG da Mauá – Qual foi o processo para participar do intercâmbio e como a Mauá o ajudou?

Vinicio – “Um dos processos mais longos pelos quais  passei, é assim que posso resumidamente defini-lo. Tudo teve início em julho de 2014, com a abertura dos editais do ‘Ciência sem Fronteiras’. Desde então, houve muitas etapas, desde a realização da prova de proficiência até a escolha da Universidade em si. Para se ter uma noção, minha viagem foi realizada apenas em setembro do ano seguinte, mais de um ano depois.

Acredito que o principal papel da Mauá foi, além de uma facilitadora no processo e de haver apoiado minha  escolha de estudar fora por um ano, sempre forneceu ajuda quando ainda estávamos no Brasil, realizando plantões para resolver dúvidas e palestras, a fim de auxiliar-nos com o processo de inscrição.”

 

BLOG da Mauá – Utilizou os seus conhecimentos obtidos na Mauá? Como eles o ajudaram nessa fase?

Vinicio – “Apesar de eu estar na terceira série no Brasil, eu tinha as mesmas aulas de pessoas que estão a um semestre de se formar na Inglaterra. Isso até pode ser considerado ruim, porém acredito que me fez crescer e ter de me esforçar mais que os outros para atingir os mesmos resultados.

Um fato muito interessante é que a empresa em que trabalho faz uso de um software que aprendi a utilizar nas aulas da Mauá. Com certeza isso foi um diferencial para eu conseguir a vaga. Então posso dizer que, se não fosse esse diferencial Mauá, talvez eu não estivesse aqui hoje.”

 

BLOG da Mauá – Sabemos que está num estágio na Embraer – Portugal, até agosto. Como o conseguiu, qual a sua atuação e como é sua rotina diária?

Vinicio – “O programa ‘Ciência sem Fronteiras’ funciona de forma diferente em cada país. Lá na Inglaterra o aluno é obrigado a realizar os dois semestres da Universidade (setembro a janeiro / janeiro a junho) para, então, ter duas possibilidades: procurar um estágio por conta própria ou realizar uma iniciação científica na Universidade, ambos por 3 meses.

Visita da família

Desde o começo eu queria estagiar, por todos os benefícios que poderia trazer-me. Porém  os processos na Inglaterra são muito burocráticos, cansativos e difíceis: candidatei-me a  algumas empresas, mas não obtive sucesso,  infelizmente. Então, quando já havia acertado a iniciação que iria fazer, surgiu esta vaga aqui, na Embraer, Portugal. Após saber que a parte burocrática em relação a visto e mudança de país seria tranquila, resolvi candidatar-me,  embora sem muita esperança. O processo em si foi rápido, com análise de currículo, apresentação escrita e uma entrevista online. Nem acreditei quando fui aprovado. Parecia um sonho!

Aqui, atuo na área de planejamento e controle da produção, um tópico que nunca havia visto na vida, pois na Mauá temos contato com ele  apenas na quarta série. Tenho gostado muito e superou minhas expectativas.

Com relação à rotina, o estágio tem duração de 8 horas. Chego de manhã, a empresa fornece café da manhã e então inicio a jornada. O almoço também é por conta da empresa; saio de lá por volta das 17h. De lá, posso dedicar o resto do meu dia para fazer o que quiser, seja correr um pouco na rua, assistir a um futebol, seja simplesmente ir para casa e descansar.

Dizer  que estou gostando é pouco. Tem sido muito bom. Trabalhar numa empresa brasileira, porém no exterior, tem-me dado uma bagagem cultural e profissional enorme. As pessoas são muito educadas e a cultura da empresa é de outro mundo. Fora isso, o crescimento profissional é imensurável: como se sabe, a Embraer hoje é uma das maiores empresas do Brasil e a maior exportadora de tecnologia num país onde a economia tem a sua base nas commodities.”

 

Vinicio em Londres

BLOG da Mauá – Quais foram os aprendizados que mais o marcaram?

Vinicio – “As pessoas com que convivia no Brasil eram muito semelhantes a mim, e isso inibe o crescimento cultural. Porém, quando vim morar fora, passei a dividir minha cozinha e banheiro com pessoas que nunca havia visto, totalmente diferentes de mim, e foi um choque. No começo, sofri  muito;  a gente se vê sem base e fica procurando onde estão aquelas pessoas de costume. Com isso, começa a repensar valores e conceitos estabelecidos  por você de que seus gostos são os melhores e de que isso ou aquilo é ruim. Cada pessoa tem um jeito e um gosto. E o importante é saber respeitar.

Outro aprendizado muito grande que eu tive foi saber valorizar o que eu tenho no meu dia a dia no Brasil. Ficar aquele domingo em casa, assistindo ao futebol em família nunca fez tanta falta quanto agora. E é aquele tipo de coisa que você, quando ainda tem, não valoriza ou não está nem aí.

Aprendi também a valorizar meu dia. Por viver na Inglaterra, vi no inverno o sol nascer às 9 da manhã e às 15h já estar escuro. Eu jurava que fosse brincadeira quando contavam quão  depressivo isso é. Nos finais de semana, então, quando acordava mais tarde, houve  vezes em que via o sol por três ou quatro  horas. Era muito ruim.

Assim, posso dizer que os principais aprendizados são: entender quão diferente o mundo é e valorizar pequenas coisas que fazem muita diferença.”

 

BLOG da Mauá – O que essa experiência significa para você e o que espera de seu futuro profissional?

Vinicio – “Se me pedissem que eu citasse uma característica minha de que eu não gostava, antes de ir para o intercâmbio, diria que eu odiava o fato de ser avesso  a mudanças. Uma coisa que este intercâmbio me mostrou foi quão bom é mudar.

O principal papel do intercâmbio é tirar a pessoa da famosa zona de conforto e, como diz um amigo que ganhei aqui fora, é o que mais faz a pessoa evoluir, seja profissional, seja  pessoalmente.

Em relação ao meu futuro profissional, posso dizer, de forma geral, que estou com diversos sonhos: ter responsabilidades, assumir cargos de liderança, entre outros. De forma geral, sou muito ambicioso. Às vezes, eu me vejo traçando  o caminho profissional. Mas uma coisa que aprendi é que a vida é uma verdadeira caixa de surpresas. Nunca se sabe onde você estará no futuro.

Posso dizer que, depois deste intercâmbio, espero estar pronto para qualquer desafio que a vida me propuser, pois tenho certeza de que eles existirão.

 

Que a  Mauá é uma Universidade de excelência no Brasil, isso não é novidade. Então, qualificá-la em termos acadêmicos seria redundante. Eu tenho acompanhado muito algumas mudanças que meu curso (Engenharia de Produção) vem sofrendo nos últimos anos. Este ano, por exemplo, os alunos da quarta série resolveram opinar e, pelo que posso ver, estão sendo ouvidos.”

 

A Mauá congratula o aluno Vinicio, que rompe barreiras geográficas e pessoais ao realizar esse sonho.

 

E você, para onde quer ir? Conte pra gente nos comentários! 😉

 

 

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