Ciência sem Fronteiras – Danilo Massuela


O Programa Ciência sem Fronteiras é oferecido pelo governo federal com objetivo de promover o desenvolvimento científico e tecnológico por meio de intercâmbio de estudantes e pesquisadores em instituições estrangeiras de alto nível, nas áreas relacionadas às ciências exatas e biológicas.
Do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia já foram contemplados pelo Programa 84 alunos.
Quer saber mais sobre a experiência desses alunos? Então confira a entrevista de  Danilo Massuela, aluno do curso de Engenharia de Alimentos. Danilo ficou 1 ano na Alemanha, estudando na Karlsruher Institut für Technologie pelo Ciência sem Fronteiras e contou um pouco das experiências que teve para o Blog da Mauá.

Blog da Mauá – Quais foram os pontos positivos por ter participado do Programa?
Danilo – Eu diria que o aprimoramento pessoal é sem dúvida o maior de todos em uma experiência desse gênero. Ter que se virar, morar sozinho e ter contato com estudantes de várias partes do mundo são aprendizados riquíssimos.
Os estudos na Universidade também foram algo nunca imaginado por mim antes de ir para lá; a didática de ensino, sistema de estudos e de provas são totalmente diferentes dos nossos, algo que trouxe alguma dificuldade no início, mas depois agregou como uma experiência bacana.

Blog da Mauá – O que agregou pessoal e profissionalmente ter estudado numa universidade estrangeira?
Danilo – Na parte pessoal a vivência e a convivência, a experiência de morar, estudar, trabalhar, passear com pessoas de outras nacionalidades é uma experiência por si só fantástica, aprender a lidar e respeitar diferenças culturais, aprender a debater, saber ouvir opiniões diversas e impor minha própria opinião. Além, é claro, de aprender a me virar sozinho, toda experiência do dia a dia que é muito rica e para a qual muitas vezes não damos muito valor.
Na parte profissional, o aprendizado de uma nova língua, no caso, o alemão, é de grande valia para meu currículo, além de ter tido a oportunidade de praticar também o inglês, com outros alunos intercambistas. Tive também uma experiência de estágio, realizado na área de pesquisa num instituto da universidade, em que pude vivenciar um ambiente de trabalho, com colegas de várias nacionalidades e tratar com responsabilidades e prazos.

Blog da Mauá – Quais foram os diferenciais que o programa agregou para sua formação?
Danilo –
Primeiramente a evolução pessoal. Voltei com uma cabeça muito diferente, observando coisas em que nunca prestei atenção. Ter morado um ano na Europa me ajudou muito a construir e consolidar meu caráter, seja pelo aprendizado a partir de exemplos ou por estar em contato com muita coisa nova.

Blog da Mauá – Como o aprendizado que você adquiriu na Mauá ajudou você a acompanhar as atividades propostas na universidade alemã?
Danilo – Por ter concluído a 4.ª série e ter iniciado a 5.ª na Mauá, eu já possuía boa base para os estudos que realizei na Alemanha. Acredito que participar do Programa nos últimos anos de graduação me permitiu optar por matérias mais específicas e diferenciadas, pois a base é igual no mundo inteiro.

Blog da Mauá – O que você achou de diferente na universidade alemã e como foi a convivência com colegas de outros países?
Danilo – O sistema educacional deles é bem diferente do Brasil. Desde crianças já devem decidir e tomar o rumo do que cursar na universidade. Como a formação nas universidades é muito mais teórica, demanda uma maior carga de estudos e dedicação fora da sala de aula.
Outra diferença é que a grande maioria das universidades alemãs é pública, possui fortes laços com a pesquisa e fomenta muito atividades extracurriculares. O interessante é que o aluno pode ir montando seu currículo escolar durante seu tempo na universidade, podendo cursar matérias de áreas diferentes da de sua formação.

Blog da Mauá – Você acha que ter participado do programa trará uma boa visibilidade para o Mercado de Trabalho?
Danilo – Muito. Além do aprendizado de um idioma novo, as empresas valorizam muito experiências de intercâmbio. Além disso, ter parte de sua graduação concluída em uma universidade estrangeira de grande prestígio pode agregar valor ao currículo.

Blog da Mauá – Você recomenda a participação no programa para os alunos que estão pensando em se inscrever para as próximas chamadas? Por quê?
Danilo – Recomendo, pois, além de ser um dos melhores anos de sua vida o aluno aprenderá muito com as mais diversas situações que irá enfrentar. Uma experiência de estudar numa universidade estrangeira  é riquíssima. Minha recomendação é que jamais desistam de tentar, independente de nível de conhecimento do idioma, devem se esforçar ao máximo para estudar nesse período. O aprendizado adquirido é imensurável.

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