O aluno de Engenharia de Produção da Mauá, Felipe Bachichi, embarcou no início deste ano para os Estados Unidos com o objetivo de fazer intercâmbio na Arizona State University (ASU), pelo Programa Ciência sem Fronteiras.
Enfrentando uma rotina de estudos bem exigente, desenvolvendo projetos de Engenharia com outros cursos e adaptando-se a uma cultura um pouco diferente da sua, Felipe conquistou um certificado de honra na ASU!
A Dean’s List representa uma categoria de estudantes que apresentaram alto desempenho acadêmico e conseguiram as melhores notas do semestre; por ela, premiam-se aqueles que conseguiram um coeficiente de rendimento acima da média global no semestre (0-4), ou seja, maior que 3,5.
A Mauá tem muito orgulho de saber que seus alunos estão se destacando!
Parabéns, Felipe Bachichi! \o/
Confira a entrevista com ele:
Blog da Mauá – Por que escolheu como destino os Estados Unidos?
Felipe Bachichi – Basicamente tive dois grandes motivos que me fizeram escolher os Estados Unidos: um pessoal e um profissional. Do lado pessoal, sempre foi meu sonho morar nos EUA. Filmes, músicas, tecnologia, economia, tudo acontece e é desenvolvido por aqui. Em diversos aspectos, esse é, sem dúvida, o país que mais influencia o Brasil. Além disso, apesar de amar a cidade em que nasci, sempre tive vontade de sair um pouco do caos de São Paulo e saber como é viver numa cidade planejada e organizada.
Acredito que o lado profissional seja um pouco mais fácil de explicar. A área de Engenharia é reconhecida como uma das mais desenvolvidas e diversas instituições de ensino figuram entre as melhores do mundo. Quem não gostaria de estudar em uma das 100 melhores universidades do mundo?
Blog da Mauá – Para você, quais são as diferenças entre viver no Brasil e no EUA?
Felipe Bachichi – As diferenças são imensas, algumas boas outras ruins. Entre as boas, acredito que a maior delas seja em relação à segurança. Minha preocupação com segurança aqui é quase nula; é normal sair para andar de bicicleta de madrugada ou usar um tablet no ônibus, coisas que não acontecem no Brasil. A facilidade de estar num país que respira consumismo também é algo de que gosto muito, principalmente pelo fato de os preços serem na maioria das vezes muito mais baixos do que os do Brasil. Por último, eu colocaria a independência e a aprendizagem de viver sozinho.
Há um lado negativo, porém. O que mais me incomoda é a comida, pois os costumes deles são bem diferentes dos nossos e é difícil encontrar restaurantes brasileiros. Há também um choque cultural que pode incomodar, não só com os americanos, mas também com os povos mais distantes dos brasileiros, como chineses, indianos e árabes.
Blog da Mauá – E as diferenças acadêmicas entre a Mauá e a ASU?
Felipe Bachichi – Em termos de qualidade de ensino, creio que a Mauá esteja no mesmo nível que a ASU, mas as diferenças acadêmicas entre as duas estão principalmente no sistema educacional. Apesar de a Mauá ter-me dado uma ótima base, estranhei um pouco esse novo método no começo. Enquanto no Brasil estamos acostumados com uma carga horária enorme, em que o aluno passa muito tempo em sala de aula, aqui é justamente o contrário. Claro que varia de aula para aula, mas, no semestre passado, em geral, eu tinha só duas aulas de 1h15min de cada curso por semana. Em contrapartida, o número de trabalhos feitos em casa é muito maior, o que te força a estudar bastante durante todo o semestre. Com esse número grande de trabalhos, os professores não dão tanto valor para as provas e elas contam bem menos na composição da nota final; na maioria das vezes, pode-se levar mais de uma folha com anotações ou exercícios resolvidos para te ajudar durante a prova.
Há também uma grande diferença no número de alunos. A Arizona State é a maior universidade dos EUA e tem mais de 70 mil estudantes. Tenho contato com pessoas de todos os cursos e nacionalidades. Esse intercâmbio cultural favorece bastante a experiência acadêmica. Numa palestra para alunos internacionais, por exemplo, eu estive numa sala com pessoas de 150 países diferentes. É incrível e uma oportunidade que eu não teria no Brasil.
Blog da Mauá – Como é o curso de Engenharia de Produção na ASU? Quais disciplinas você está cursando e por que as escolheu?
Felipe Bachichi – Os cursos de Engenharia nos EUA têm uma duração menor que no Brasil. Para Produção, são 4 anos com uma média de 15 créditos (cerca de 5 matérias) por semestre. A parte mais interessante é que há muito mais disciplinas optativas e o aluno pode cursar matérias de praticamente qualquer escola da universidade. Eu mesmo pretendo cursar uma matéria na escola de Business da ASU no semestre que vem. Acredito que isso possibilita o estudante sair da graduação muito mais focado no que deseja trabalhar, já que ele tem muito mais liberdade de escolha na sua grade de matérias.
No momento, estamos em férias de verão, mas as faculdades aqui geralmente oferecem aos alunos algumas matérias para se cursarem nesse período. São disciplinas normais do curso que teriam duração de um semestre, mas com uma intensidade muito maior para que possam ser cursadas em apenas um mês e meio. Escolhi um curso que é basicamente o desenvolvimento de um projeto de Engenharia e conta com estudantes de diferentes áreas, como de Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica. Estou gostando bastante, pois me possibilita uma visão mais próxima do que será trabalhar no “mundo real”.
No último semestre procurei escolher disciplinas que eu não teria a oportunidade de cursar no Brasil. Dentre elas, havia uma matéria de programação, pois é uma área por que me interesso, e outras que relacionavam Engenharia de Produção com Economia e Business.
Blog da Mauá – Como é a sua rotina de estudos?
Felipe Bachichi – Os cursos aqui exigem que o aluno faça diversas atividades em casa. Minha rotina se baseia em fazer os inúmeros trabalhos e lições solicitados. Alguns professores pedem lição de casa quase toda aula, além de projetos semanais ou mesmo alguns trabalhos para entregar por internet (num programa equivalente ao Moodle usado na Mauá). O resultado disso é que eu acabo estudando bem mais durante o semestre e não preciso estudar tanto quando chegam as provas.
Blog da Mauá – Como você se sentiu ao receber o certificado e como isso pode ajudar no seu desempenho acadêmico?
Felipe Bachichi – Eu me senti muito feliz ao saber do certificado. É uma maneira da universidade valorizar seus melhores alunos e fazer com que eles se sintam reconhecidos. Além disso, fortalece o currículo e é um diferencial na hora das entrevistas de emprego ou mesmo para uma pós-graduação. Acredito que isso vem como uma grande motivação para que eu possa continuar estudando.
Blog da Mauá – Você se dedicou para ganhar este prêmio ou foi uma surpresa?
Felipe Bachichi – Claro que me dediquei bastante. É um estudo contínuo durante todo o semestre, mas eu não pensava em prêmio e, sim, em conseguir notas altas. No fim do semestre, fechei 3 matérias com a nota máxima e a Dean’s List acabou sendo uma consequência; fiquei muito feliz.
Blog da Mauá – De que maneira este intercâmbio pode ajudar na sua vida profissional?
Felipe Bachichi – O intercâmbio está sendo muito importante para o meu desenvolvimento. É uma experiência que todos deveriam ter: melhora a visão de mundo, é a oportunidade de ter aula em uma das melhores universidades do planeta, conhecer culturas completamente diferentes, desenvolver projetos, ampliar minha rede de contatos, minha fluência no inglês e, claro, melhorar meu currículo. Enfim, estou na metade do meu programa e já me sinto muito mais preparado para minha vida profissional.
DIGO E REPITO, ÓTIMO ALUNO!
DIGO E REPITO, SENSACIONAL!
SENSACIONAL ESTE ALUNO!!!!!!!!!