Há 15 anos surgia nos Estados Unidos a primeira impressora 3D, atendendo a necessidade das indústrias aeroespacial e militar norte-americana de produzir protótipos de maneira rápida. Desse início, com o valor de 300 mil dólares, até o boom que vemos hoje em torno das impressoras mais acessíveis ao público em geral, inclusive nacionais, a evolução chegou muito rapidamente.
Hoje, qualquer pessoa, por 900 dólares consegue importar e ter em casa, para uso próprio, uma impressora 3D – as nacionais estão em torno de 6 mil reais.
As impressoras 3D revolucionaram o mundo da tecnologia ao transformar um projeto criado pelo computador em objeto físico, sem a necessidade de molde. Isso acontece com o aquecimento de fios polimétricos que, derretidos, são depositados em camadas por meio de um bico parecido com uma agulha, produzindo um objeto pronto, em 3D, com todos os detalhes estabelecidos no projeto.
Desde que as impressoras 3D começaram a ser fabricadas no Brasil, a Mauá já estava certa de que iria adquirir um exemplar e, em agosto deste ano, o Laboratório de Modelos e Protótipos do curso de Design recebeu uma impressora nacional, fabricada no Rio Grande do Sul, pela empresa Cliever. Ela funciona por deposição de material fundido, trabalhando com os polímeros ABS (acrilonitrila butadieno estireno) e PLA (poliéster de ácido poli-láctico). Para a criação de modelos, a impressora usa software livre compatível com diversos programas de modelagem 3D, como AutoCAD e SketchUp.
Durante este ano, vários testes foram feitos para a linha de pesquisa em exo-esqueleto, apresentado no Simpósio de Pesquisa do Grande ABC, e para os trabalhos de conclusão de curso de formandos do Design. A partir de 2014, ela estará disponível para os alunos da Mauá confeccionarem peças de trabalhos e desenvolvimento de pesquisas.
Até agora, percebe-se que as possibilidades para uso de uma impressora 3D são inesgotáveis. Inúmeras pesquisas estão sendo desenvolvidas pelo mundo afora e já encontraram maneiras de produzir: maquetes, protótipos, implantes, peças de carro, comida (utilizando ingredientes no lugar dos polímeros), ossos, remédios, roupas, pedaços de pele, vacinas e até casas já foram montadas com partes produzidas em uma impressora.
Se você é aluno da Mauá também poderá desenvolver a criatividade e pensar em novos projetos para a impressora 3D, adquirindo experiência nessa nova tecnologia.
Confira algumas peças produzidas aqui na Mauá como teste:
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