Alternativas para Geração de Eletricidade

Já tratamos anteriormente dos diversos tipos de reatores nucleares e seu funcionamento. Vamos apresentar agora algumas alternativas para geração de eletricidade que também não emitem Gases de Efeito Estufa (GEE).

Entre essas alternativas estão a utilização de fontes renováveis, tais como hídrica, eólica e solar, que são cada vez mais utilizadas por diversos países, como Alemanha, Espanha, Estados Unidos e China.

As duas primeiras, hídrica e eólica, apresentam custos competitivos, com grande vantagem para as usinas hidrelétricas. O número de instalações de energia eólica tem apresentado uma significativa expansão e o seu custo vem decrescendo ano após ano.

Entretanto, não são todos os lugares que dispõem de recursos hídricos, ventos e incidência de radiação solar suficientes para a geração competitiva de energia elétrica.

Uma provável consequência do acidente em Fukushima será um aumento nos custos de instalação e operação das usinas nucleares futuras, devido a medidas de segurança extras, que deverão ser exigidas. Nesse caso, aumentará a competitividade das fontes renováveis.

O Brasil tem uma geração de eletricidade baseada em grande proporção nos recursos hídricos, pois 77% da nossa eletricidade é produzida em usinas hidrelétricas. De acordo com os planos para a expansão da geração de energia elétrica, a produção brasileira, predominantemente hidrelétrica, precisará em breve de uma complementação de base térmica e/ou nuclear. Alguns críticos alegam, no entanto, que um programa mais amplo, e com um apoio governamental maior do que existe atualmente, para energia eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) poderia ser a solução.

A geração de energia elétrica por reatores nucleares, embora atenda a necessidade de eletricidade nos países desenvolvidos e garanta o progresso econômico e social nos países em desenvolvimento, envolve riscos e deve continuar a ser debatida. Isso deverá ser feito de uma forma ampla e aberta para que a sociedade, conscientemente, determine quais riscos estará correndo.

Roberto de Aguiar Peixoto
Eng. Naval, Mestre e Doutor em Engenharia Mecânica
Pró-Reitor Acadêmico do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia
Membro indicado pelo Governo Brasileiro ao Painel de Avaliação Tecnológica e Econômica do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente para implementação do Protocolo de Montreal e do Comitê Editorial do Banco de Dados de Fatores de Emissão do IPCC – Intergovernamental Panel on Climate Change

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