A Internet das Coisas (IoT) está cada vez mais presente no nosso dia a dia: com ela, é possível interconectar digitalmente dispositivos eletrônicos, a fim de facilitar tarefas dos mais diferentes níveis de complexidade. Para o desenvolvimento de produtos e soluções na área, o engenheiro eletrônico é o profissional do Futuro que tem papel fundamental no processo.
Com uma visão sistêmica, o engenheiro eletrônico integra aspectos fundamentais de hardware, software e comunicação de dados, permitindo o desenvolvimento de soluções apropriadas envolvendo o conceito de IoT.
A área de IoT envolve a escolha e obtenção de sinais e seu processamento, assim como a geração de sinais que permitem atuar em dispositivos. Nessa área, o desenvolvimento de circuitos condicionadores de sinais e o processamento digital de sinais em Sistemas Embarcados são competências e habilidades utilizadas por engenheiros eletrônicos.
Após a obtenção e tratamento dos sinais, essas informações devem ser enviadas através de um meio de comunicação mais adequado para a aplicação, envolvendo quantidade de dados, custo e desempenho. Nessa parte, o profissional de Engenharia Eletrônica deve ter também uma visão sistêmica que permita a melhor escolha da tecnologia usada para a comunicação de dados com um dispositivo central remoto ou aplicação em nuvem. Recebendo os dados ou transmitindo informações de comando para o sistema embarcado, o engenheiro eletrônico também pode atuar no desenvolvimento de painéis de visualização (dashboards) e/ou mesmo na interpretação e tratamento dos dados.
Note que sua expertise permite que ele atue em todas as áreas do processo: tanto em uma visão sistêmica, como também em aspectos específicos de desenvolvimento de hardware e/ou software.
O desenvolvimento de soluções em IoT já estão impactando nossa vida diária. Temos, por exemplo, as seguintes aplicações:
– monitoramento em tempo remoto de níveis de rios e córregos, o que permite realizar a previsão de enchentes e acionar os órgãos públicos, como Defesa Civil, para prevenção de catástrofes;
– monitoramento remoto por meio de sistemas vestíveis (wearables), que permitem que sinais vitais de uma pessoa sejam acompanhados, melhorando avaliações clínicas e até mesmo prevendo problemas (arritmias, nível de glicose, quedas em idosos);
– monitoramento de desempenho de atletas, como, por exemplo, o anel utilizado pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2022;
– monitoramento de sistemas na Agricultura (umidade, crescimento, entre outros). A Mauá, inclusive, possui uma horta em seu Campus com recursos de IoT para acompanhar o plantio;
– monitoramento de transportes de órgãos: mais uma ação que atualmente é desenvolvida no IMT;
– captura de imagens para efeito de reconhecimento de padrões;
– cidades inteligentes (Smart Cities) em que se pode obter informações em tempo real de características como vagas de estacionamento disponíveis, disponibilidade e horários de transporte público etc;
– acionamento de facilidades em residências, como, por exemplo, ar condicionado que pode ser acionado remotamente.
Nota-se que, devido à diversidade de aplicações, a visão sistêmica do engenheiro Eletrônico permite a interação com profissionais de diversas áreas, a fim de definir a melhor solução para um dado desafio envolvendo IoT.
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