Artigo do pró-reitor do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, prof. Dr. Marcello Nitz
O(a) engenheiro(a) é um(a) profissional que aplica a Ciência na solução de problemas. Portanto, não basta que ele(a) conheça as Ciências, mas que também tenha competência para aplicá-las.
No Brasil, foram recentemente aprovadas novas diretrizes curriculares (DCNs) para os cursos de Engenharia, que estabelecem as competências necessárias para exercício da profissão. São elas:
I – formular e conceber soluções desejáveis de Engenharia, analisando e compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto;
II – analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação;
III – conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos;
IV – implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia;
V – comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica;
VI – trabalhar e liderar equipes multidisciplinares;
VII – conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da profissão;
VIII – aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação.
As novas DCNs seguem um movimento em andamento no mundo todo, que vem discutindo a necessidade de se modernizar os cursos de Engenharia, aproximando-os das necessidades da sociedade.
Num momento como este de Pandemia, com tantos desafios a serem superados, fica evidente a importância de se ter profissionais capacitados a resolver os problemas complexos do mundo, com visão sistêmica, não só na Engenharia.
Um bom curso, uma boa Escola deve colocar seus estudantes em contato com desafios reais, de modo que essas competências possam ser desenvolvidas desde cedo. Na Mauá, tivemos a oportunidade de mostrar o nosso valor. Um protótipo de ventilador mecânico foi aprimorado no FabLab Mauá. Problemas técnicos foram superados e o produto foi se mostrando cada vez mais robusto e confiável.
Mas a solução técnica, do ponto de vista da Engenharia, não é suficiente para que o produto chegue ao mercado, pois o foco do usuário, médico e paciente, é o que deve prevalecer. Aí apareceu outra virtude de nossa instituição e seus profissionais: a capacidade de estabelecer relações, conectar parceiros e montar uma rede colaborativa multidisciplinar. Engenheiros, administradores, designers, médicos e profissionais especializados em regulação na área de saúde colaboraram para o desenvolvimento do produto.
É assim que se faz inovação. Fica aí o exemplo, na prática.
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