Durante o período da graduação, o apoio de familiares e amigos é essencial para se atingir os objetivos.
Obter o apoio de colegas da sala de aula também é importante, pois alguns passam pelas mesmas dificuldades e conhecem a rotina de provas, trabalhos e estudo.
Luiz Antonio Cardoso e Felipe Bretone Cardoso são muito mais que colegas de sala, Luiz é pai de Felipe, e ambos estão cursando a 2.ª série de Engenharia de Produção na Mauá, período noturno.
Quando estão em casa, os assuntos vão muito além de questões do cotidiano. No dia a dia, são frequentes os papos sobre Física, Cálculo, Métodos Numéricos, provas e trabalhos.
Para dividir um pouco de como está sendo essa experiência dentro e fora da Mauá, conversamos com Luiz Antonio e Felipe. Confira!
– O que levou Pai e Filho a escolherem fazer Engenharia de Produção?
Luiz – Minha escolha deu-se por uma série de ponderações. Primeiro, porque uma das minhas aspirações é a de formar grupos, unir pessoas e processos, trabalhar em equipe e a Engenharia de Produção encaixa-se melhor nesta visão. Segundo, devido à minha formação em Economia, que pode ser agregada ao processo.
Felipe – Minha escolha foi devido ao mercado de trabalho, pois a área de Engenharia de Produção é muito valorizada.
– Quais os fatores que os fizeram escolher a Mauá?
Luiz e Felipe – Fizemos uma pesquisa para identificarmos quais Instituições tinham alto reconhecimento pelo mercado. Escolhemos as duas melhores instituições para prestarmos vestibular e conhecer o campus. Passamos nas duas. A escolha pela Mauá deu-se devido ao tratamento dado aos vestibulandos nos seus detalhes, à estrutura pareceu mais organizada e o campus é mais próximo da nossa residência e do trabalho.
– O que estão achando do curso de Engenharia de Produção da Mauá?
Luiz e Felipe – O curso é excelente, com professores muito qualificados e o nível de exigência é elevado, o que é muito bom para nossa formação.
– Quem foi o maior incentivador para os dois enfrentarem esse desafio?
Luiz – No meu caso, aproveitei a oportunidade de participar da escolha do curso do meu filho e isso me estimulou a realizar um sonho pessoal. Como estava há muito tempo fora do ambiente de estudos, principalmente das matérias relacionadas ao vestibular, resolvi me matricular num cursinho para fazer uma revisão. O Felipe e eu fizemos o curso de agosto a outubro e depois prestamos o vestibular. Para minha surpresa passei nos dois vestibulares que prestei, então percebi que era perfeitamente possível e viável a realização desse sonho. Minha esposa apoiou-me bastante, desde o começo.
Felipe – Além do meu pai que me acompanhou desde o cursinho, outro grande incentivador foi meu professor de Física do colégio, que é formado em Engenharia e esclarecia muitas dúvidas sobre vestibular e até mesmo sobre o curso e o mercado de trabalho.
– Como é a convivência dos dois em sala de aula? E com os colegas e professores?
Luiz – Cada um tem o seu estilo de estudo, o Felipe presta muita atenção nas aulas e não costuma fazer anotações, já eu presto atenção nas aulas, mas necessito das anotações para posterior revisão. Nos trabalhos em grupo sempre trabalhamos juntos, ambos confiamos e respeitamos a capacidade de cada um. Com os colegas a relação é de amizade e de respeito, alguns já me disseram que adorariam ter o pai estudando com eles, isso me deixa um pouco envaidecido, sei da responsabilidade que tenho de ser um bom exemplo para eles. Quanto aos professores temos um excelente relacionamento e acredito que pela minha maturidade e pela tranquilidade do meu filho, somos muito respeitados por todos.
– Como é a rotina e como se ajudam nos estudos?
Luiz – Minha maior batalha está nos estudos, meu tempo é extremamente escasso e quase não consigo arrumar tempo para estudar. A grande absorção que tenho da matéria é na sala de aula, portanto sempre presto muita atenção, sei que terei pouquíssimo tempo de rever e fixar a matéria. Ainda não consegui o ritmo e a organização necessária para maximizar os estudos, estou trabalhando para me regrar e melhorar isso. Como meu filho está em outra fase da vida, não consegui ainda conciliar meu ritmo de estudos com o dele, só conseguimos fazer isso aos finais de semana. Apesar de todas as dificuldades somente o fato de estudarmos juntos já ajuda muito.
– Como a experiência de cada um contribui para os estudos dos dois?
Luiz – Minha experiência me leva a focar os estudos de maneira mais profunda tendo uma visão mais profissional e de resultado para o mercado. Tento passar para o Felipe essa experiência e mostrar o que o mercado está procurando. Quanto à experiência do Felipe, tento aproveitar o conhecimento dele, ainda recente do Ensino Médio, a capacidade de absorção dos conteúdos e o raciocínio lógico muito aguçado que ele possui para esclarecer dúvidas e compreender pontos que não ficaram claros para mim em algumas matérias.
– Vocês esperam, com a experiência de vocês, incentivarem mais pais a voltarem aos estudos, após algum tempo longe das salas de aula?
Luiz e Felipe – Na verdade, esse não é o foco principal pelo motivo de estarmos estudando juntos, mas se nossa iniciativa servir de exemplo para outros pais ficaremos muito contentes. O mais importante é sempre respeitar os desejos individuais e apoiar as decisões de cada um e se essa decisão for de seguirem juntos, que seja sempre para unir e criar condições para cada um atingir seus objetivos.