Correndo certo para economizar

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Na semana passada, o kartódromo de Interlagos foi palco de uma competição que não teve nada a ver com ultrapassagens. A disputa ali era para ver qual o carro mais eficiente em termos de consumo de energia. Esse foi o princípio da sexta edição da Maratona Universitária da Eficiência, evento que reuniu 20 universidades de várias partes do Brasil durante 3 dias.

Sob a supervisão dos professores Éd Cláudio Bordinassi e Sérgio Ribeiro Augusto, os alunos da Mauá estiveram presentes no evento pelo quarto ano consecutivo.

A maratona teve duas categorias: gasolina e elétrica. Na primeira, o objetivo era o de consumir o menor volume de gasolina durante as 12 voltas estipuladas pelo regulamento. Na elétrica, ganhava quem conseguisse completar o maior número de voltas com a bateria fornecida pela organização da Maratona.

A proposta é simples. No entanto, para cumprir tudo isso da maneira mais eficiente, é preciso um bocado de trabalho. O desafio começa na construção do protótipo, que deve ser projetado de maneira a garantir o melhor rendimento energético possível. Isso envolve desde a escolha do motor até o tipo de carenagem usada.

Quanto mais leve e funcional for o carro, maiores serão as chances de vitória. Fatores como força do vento e habilidade do piloto em ligar e desligar o carro na hora certa também contam bastante. Os alunos da Mauá foram divididos em 3 equipes, cada qual com um protótipo:

  • EcoMauá 1: Concorreu na categoria gasolina e teve como piloto o estudante do último ano de Engenharia Mecânica, Wander Ricardo Silva Cristiano. O sistema do carro, apelidado de “Dunhatec”, contou com injeção e ignição eletrônica totalmente desenvolvidas pelos alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica. Isso foi um diferencial em relação às outras equipes, que sempre utilizam um sistema comercial.
  • EcoMauá 2: Também na categoria gasolina, a equipe optou por um carro com menor motor e chassi mais leve. Contou com um sistema mais simples de carburação, sem injeção e ignição eletrônicas. A estudante do terceiro ano de Engenharia de Alimentos, Larissa de Sanzo Guilherme, foi a responsável pela pilotagem do protótipo.

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  • Fênix: competiu na modalidade elétrica. Recebeu esse nome por causa do carro, cuja estrutura foi reaproveitada de um protótipo que concorreu na edição passada do evento. A pilotagem foi dividida entre Juliana Pavão, estudante do quarto ano de Engenharia Eletrônica, e Liana Tiaki Uehara Ueti, do curso de Engenharia de Produção. O protótipo foi desenvolvido em conjunto com alunos da Engenharia Elétrica, responsáveis pela elaboração de um sistema de telemetria que possibilitou o monitoramento do carro durante todo o seu percurso.

Como se vê, ao contrário do que é normalmente esperado para esse tipo de evento, não são apenas os alunos de Engenharia Mecânica e Elétrica que fazem parte da equipe.

Estudantes de outros cursos deram a sua contribuição, de acordo com a competência e disposição, para que tudo funcionasse. Nada impediu, por exemplo, que uma aluna de Engenharia de Alimentos pilotasse o carro, uma vez que ela tinha as características necessárias para isso.

Mais do que a disputa em si, essa integração foi a principal lição que ficou para os alunos da Mauá. Foram meses de esforço conjunto, em um intercâmbio de informações de diferentes áreas que só veio a enriquecer ainda mais o projeto.

Além disso, a experiência fez com que vários alunos passassem a interagir mais também com a própria faculdade. Alguns alunos até passaram a ficar conhecidos pelos seguranças do turno da madrugada, pelas ocasiões que precisaram ficar até mais tarde no campus, para finalizar algum detalhe do projeto.

E esse esforço foi especialmente recompensador para a equipe que concorreu na categoria elétrica da maratona. Das 19 universidades que estavam concorrendo, a Mauá garantiu o seu troféu ao alcançar a terceira posição na classificação geral. É um excelente resultado, uma vez que foi o primeiro ano dessa categoria na competição.

Apesar de não terem alcançado o mesmo desempenho, as equipes EcoMauá 1 e 2 deixaram o evento com uma carga de aprendizado que será fundamental para as próximas edições, o que certamente fará uma grande diferença.

A ideia é fazer com que todos projetos tenham continuidade, razão pela qual eles estarão abertos à participação dos alunos de outros anos e cursos.

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É fundamental não só competir, como passar adiante a experiência adquirida. Afinal, os melhores projetos são aqueles que sofrem aperfeiçoamentos constantes de uma equipe integrada e motivada. Se depender dos alunos da Mauá, o ano que vem promete ser melhor ainda.

Veja mais fotos do evento em nossa galeria do flickr!

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